A abordagem do caminhar como forma de percepção e prática tem sido destacado nos campos da arquitetura, artes e planejamento urbano como algo essencial às intervenções em espaços públicos de diferentes metrópoles. No entanto, a invisibilidade, insegurança e falta da liberdade do gênero feminino no espaço público permanece um debate atual, afetando esta prática diariamente, seja através de uma estrutura urbana que não contempla as necessidades femininas, seja através do assédio e violência de gênero ao quais estas mulheres estão constantemente submetidas. A proposta tenta usar a prática de caminhar como forma de resistência ao assédio em espaços públicos, escrevendo frases de ordem de cunho feministas em relação ao assédio em espaços públicos, uma violência machista diária que enfrentamos. Foi desenlvolvido um alfabeto usando as ruas da cidade do Porto como grelha tipográfica, na forma de GPS drawing. Depois, pôde-se construir frases de protestos em relação ao assédio em espaços públicos que se encontram escritas pelos muros da cidade como "Não é normal ter medo de andar sozinha na rua".
Ao todo foi necessário caminhar por vinte horas (cinco horas por dia) em diferentes áreas da cidade do Porto.
O Resultado é uma série de três cartazes fotografias do processo.






Registros Fotográficos: Alícia Medeiros e João Camps